Em VG, Coren-MT notifica mais duas unidades por uso de máscaras inadequadas
04.05.2020
Depois de notificar hospitais em Cuiabá, Cáceres e Santo Antônio de Leverger, pelo uso de máscaras artesanais e de material inadequado para ambiente hospitalar, o Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) fez o mesmo em relação às UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) dos bairros Vila Ipase e Cristo Rei, em Várzea Grande, cobrando a regularização da oferta de EPIs de qualidade e em quantidade suficiente.
A notificações foram entregues na última quarta e quinta-feira (29 e 30). Nos dois locais, a fiscalização flagrou funcionários usando máscaras de apenas uma camada de TNT e sem elemento filtrante. Segundo Conselho Federal de Enfermagem, a recomendação mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) diante do avanço da doença no Brasil é que as máscaras cirúrgicas sejam usadas “em todo ambiente hospitalar e em todo atendimento a pacientes, havendo ou não suspeita de COVID-19”.
Determinação das agências de vigilância e monitoramento em saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece que as máscaras cirúrgicas devem conter no mínimo uma camada interna e uma externa de TNT e, entre ambas, um material filtrante com eficiência de filtragem de partículas superior a 98% e de filtragem bacteriológica superior a 95%, sendo resistente à penetração de fluidos transportados pelo ar.
A máscara deve cobrir nariz e boca e possuir clipe de material maleável que permita o ajuste ao nariz e às bochechas. Além das cirúrgicas, também são utilizadas as especiais N-95/PPF2, indicadas para Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), procedimentos geradores de aerossóis e para o atendimento direto de pacientes de Covid-19.
Em caso descumprimento das notificações, os gestores das unidades poderão ser responsabilizados civil e criminalmente por infração de medida sanitária preventiva, conforme o artigo 268 do Código Penal.